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“Passei fome algumas noites”: Alessandro Costa reflete sobre a vida antes do UFC se tornar realidade no México.

Alessandro Costa teve a chance de assinar com o UFC em julho passado no Dana WhiteSérie Contender, mas a vitória por decisão dividida não foi suficiente para impressionar o presidente do UFC. Costa faz sua estreia no UFC Vegas 66 contra Amir Albazi cinco meses depois.

Costa disse no episódio desta semana do Trocacao Franca que ele estava “triste” com sua DWCS vitória porque ele não atuou como seu verdadeiro eu. Ele se recuperou com um nocaute de 12 segundos em outubro no LUX, organização onde reinou por muito tempo como campeão peso mosca, e finalmente conseguiu a vaga para competir no octógono.

“Desde que morei em Manaus, faixa-azul de jiu-jítsu vendo luta do José Aldo, eu dizia que meu sonho era ser como o José Aldo”, disse Costa. “Sair de Manaus e conquistar o mundo, ser campeão do UFC e ouvir [Bruce Buffer] diga, ‘Manaus, Brasil’. Saí com esse sonho na cabeça, e quando meu empresário disse que eu lutaria no sábado, não acreditei. São sete anos de muito trabalho. Lembrei-me de todas as vezes que pensei em desistir. É por isso que estou motivado todos os dias.”

Costa tinha 19 anos quando saiu de casa com alguns amigos para disputar um torneio de jiu-jítsu em Playa del Carmen, no México, e “ver como era a vida lá fora, porque a vida era muito dura em Manaus”. Costa treinava sete dias por semana em sua cidade natal e não tinha dinheiro nem para pagar a inscrição para disputar torneios de jiu-jítsu.

Costa se juntou a Diego Lopes para permanecer no país e encontrar um emprego que pagasse suas contas. Trabalhando de jardineiro a lixeiro, Costa acabou marcando sua primeira luta oficial de MMA. Costa substituiu Lopes rapidamente depois que ele desistiu da luta devido a uma lesão. O resultado foram duas vitórias em menos de um minuto em um período de 15 dias.

Costa teve seus momentos difíceis e pensou em desistir e voltar para o Brasil. Seu espanhol e inglês não eram suficientes para poder operar em hotéis lotados de turistas de todo o mundo. Para trabalhar como jardineiro, ele caminhava uma hora para chegar ao trabalho em seu turno de nove horas, pois não tinha dinheiro nem para pagar a passagem de ônibus.

“Senti falta da minha família e não havia muita comida para comermos. Passei fome algumas noites”, disse Costa. “Mandei mensagem para o meu treinador e disse que era uma merda, que não tinha nada para mim lá, e pensei em voltar para Manaus. “Cara, foi o que eu falei, mas não ia rolar. Mas você precisa descobrir uma maneira de chegar lá.'”

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Ser brasileiro no México provou ser benéfico às vezes, especialmente para quem está tentando conseguir patrocinadores. Costa acabou abrindo seu próprio time com Lopes e depois fez parceria com Francisco Grasso, treinador de Alexa Grasso e Irene Aldana. Ele foi capaz de melhorar sua trocação e ensinar jiu jitsu.

Após quatro longos anos de intenso trabalho com Grasso Costa, está pronto para enfrentar Albazi em Las Vegas.

“O estilo dele é parecido com o meu”, disse Costa, que conquistou metade de suas 12 vitórias no MMA por finalização. Sua trocação é boa, mas seus pés são a minha força. Também sou especialista em jiu jitsu. Onde quer que vamos, ele está pronto para uma luta.”

Fonte: https://www.mmafighting.com/2022/12/17/23511513/it-sucked-alessandro-costa-intense-life-mexico-ufc-dream-becomes-reality?rand=96749

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