Uma gravação de áudio do atual campeão de pesos médios do UFC a chorar no podcast de Theo Vaughn tornou-se viral na Internet.
“Lembro-me de estar no terceiro ano, ou não, no segundo ano, e adormeci na minha secretária e a professora veio e obrigou-me a levantar”, revelou o lutador americano. “Eu disse: ‘Vai-te lixar’, era um miúdo – deitei-me no chão e adormeci. O sistema escolar disse: ‘O Sean é apenas um miúdo mau’, mas não se aperceberam de que eu não dormia até às três da manhã. Meu, lembro-me de estar deitado na cama e de ter deixado de acreditar no Senhor por causa daquela maluqueira”.
Sean Strickland cresceu numa família em que o pai batia nele e na mãe, sujeitando-os a abusos não só físicos mas também mentais. Na adolescência, o americano foi influenciado pelo avô, que tinha opiniões neo-nazis, e um dos seus filmes preferidos era “American History X”, que fala do ambiente que lhe era próximo. De acordo com Strickland, ele foi expulso da escola no nono ano por cometer um crime de ódio racial, após o qual sua mãe decidiu levá-lo a uma academia de MMA. Durante os treinos, o futuro campeão do UFC conheceu pessoas de cor que o ajudaram, o que o motivou a rejeitar a ideologia que lhe era imposta.
Em setembro passado, Sean Strickland derrotou de forma sensacional Israel Adesanya por decisão unânime, retirando ao nigeriano o cinturão de campeão de pesos médios do UFC, e o americano fará a sua primeira defesa a 20 de janeiro, no UFC 297, em Toronto, contra o sul-africano Dricus Du Plessis.